13/04/2024 às 09:50

ROCHA POMBO

12
2min de leitura


  Reverenciando a morte de Rocha Pombo, O semanário “Castro-Jornal”, de 1.º de julho de 1933, publicava a seguinte nota: 


  Faleceu no dia 26 de junho último (1933), em sua residência no Rio de Janeiro, o eminente historiador patrício José Francisco da Rocha Pombo. 



  O Brasil inteiro, coberto de luto, curvou-se reverente ante o túmulo modesto do seu grande filho. 


  O Paraná, pelo seu governo, pela sua imprensa pela vós dos seus filhos, desde os mais longínquos recantos até a capital, tem prestado à memória do grande conterrâneo morto as mais significativas homenagens. 


  Rocha pombo nasceu a 4 de dezembro de 1857 na cidade de Morretes. Aos 18 anos já era professor público e iniciava a sua brilhante trajetória intelectual. Começou como simples jornalista de província e acabou com o maior historiador brasileiro. A sua “História do Brasil”, em 9 grossos volumes basta para imortalizar-lhe o nome. É uma obra formidável, um monumento de erudição e de civismo. Em Castro, Rocha Pombo constituiu família, aqui casando em 1883, com d. Carmelita Rocha Pombo. Residiu alguns anos nesta cidade e, em 1883, fundou o primeiro jornal castrense: “O Eco dos Campos”, hebdomadário que teve grande circulação no Estado. Além desse fundou e redigiu Rocha Pombo, no Paraná, mais os seguintes jornais: O Povo (1879), 0 Dário Popular, (1887), o Paraná, o Diário do Comércio (1892), a Gazeta Paranaense (1886) e A Aurora 


  Transferindo-se para o Rio, em 1897, abandonou o jornalismo e dedicou-se ao magistério e a literatura. Escreveu romances e poemas, e diversos livros didáticos. Em 1906 entregou-se de corpo e alma à elaboração da sua famosa História do Brasil, obra que só terminou em 1911. 


  A sua bagagem literária é grande e complexa contudo, os seus patrícios, esquecendo-se de que momento deve ser honrado, só nos últimos momentos da vida do grande escritor, candidataram no a uma cadeira da Academia de Letras, para a qual foi eleito, em março deste ano. Não chegou a tomar posse da sua cadeira de imortal porque a existência preciosa findou-se lhe no limiar da glória. Mas, Rocha Pombo, antes de ser “imortal” já o era, no conceito dos seus conterrâneos, pela sua inteligência, pela sua obra, pela sua vida. 

  Castro-Jornal presta, reverentemente, nestas linhas, uma pálida homenagem ao grande historiador e um preito de saudade ao inesquecível fundador da imprensa castrense. 

13 Abr 2024

ROCHA POMBO

Comentar
Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Copiar URL

Tags

Castro História viva Paraná

Olá, em que podemos ajudar? Sinta-se a vontade em me chamar no Whats.
Logo do Whatsapp